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Open finance: tendências para 2023

Open Finance vai remodelar a relação entre bancos e seus clientes

O Open Finance vai mudar um pouco nos próximos anos, mas vai transformar os serviços financeiros durante a próxima década.

E isso, vai levar a clientes e empresas, uma experiência financeira radicalmente diferente. Esse sistema vai sustentar finanças incorporadas e capacitar praticamente qualquer setor que possa se beneficiar de dados financeiros.

Esse modelo vai estender os princípios de acesso de terceiros a um conjunto mais amplo de produtos financeiros como hipotecas, empréstimos, investimentos e pensões.

As finanças abertas fazem parte de uma tendência global de acesso à dados abertos e portabilidade que vão viabilizar uma maior integração à setores que não são financeiros.

Isso inclui os setores de cuidados com a saúde, varejo e governo, além de ampliar a gama de terceiros, que vão competir ou intermediar relações financeiras.

O open finance marca a transição de bancos que controlam serviços financeiros

As finanças abertas marcam o ponto de virada na colaboração em serviços financeiros.

Ele traz a habilidade de reduzir o atrito por meio da automação, e combinar insights em tempo real em vários setores, além de guiar os clientes para resultados contextualizados e personalizados.

O futuro do open finance é sobre possibilitar aos clientes uma escolha efetiva, e democratizar o acesso à serviços financeiros de duas maneiras:

1.) sustentando finanças incorporadas e mudando a entrega de serviços;

2) facilitar a inclusão das finanças através da inovação.

Isso também levará os setores, a clientes que exigirão um retorno de seu consentimento para usar seus dados ou armazenar sua riqueza.

Umas das coisas que o open finance vai oferecer para as corporações, serão soluções personalizadas, revolucionando o setor de seguros, por exemplo.
Os modelos personalizados atuariais, vão recompensar clientes que compartilham suas preferências de viagem em horários de baixo risco, fazendo esforços para permanecer saudáveis.

Também vai permitir o monitoramento proativo de residências, usando os dados de dispositivos conectados para ajustar dinamicamente os resultados dos clientes.

O compartilhamento de dados de várias indústrias diferentes, ajuda as empresas de transporte a identificar estradas e cruzamentos perigosos, e cada serviço de mapeamento pode determinar os horários mais calmos e seguros, bem como a melhor opção ambiental.

Outro ponto positivo, será o apoio para inclusões financeiras, principalmente em regiões como a Ásia e a África.

A utilização de dados de entregas, apps de carona, empresas de comunicação, e carteiras digitais tem permitido que inovadores como Gojek da Indonésia, construam produtos financeiros para clientes carentes, usando dados abertos para avaliar os riscos na ausência de agências de referência de crédito.

Dois fatores críticos que vão influenciar o ritmo do progresso

Vão ser necessários alguns anos para se perceber o benefício do financiamento aberto, e essa percepção virá de uma combinação de variados fatores regulatórios e de mercado.

A promessa é poderosa, e o open finance vai oferecer uma experiência positiva para os consumidores – ofertando mais opções de escolha, produtos relevantes para cada necessidade, serviços automatizados, e mais controle de dados para melhores resultados financeiros, porém, não há garantias disso.

O desbloqueio dos benefícios do open finance para consumidores vai exigir um alto grau de cordenação dentro da indústria das finanças e além, mas esperar que essa operação de open finance funcione a um nível global não é muito realista.

Nossa pesquisa revela que o setor financeiro e a região ou país são cruciais para determinar o ritmo da mudança, e a escala de oportunidade.

Como o governo da União Europeia observou em seu artigo sobre dados inteligentes, o principal inibidor não é a tecnologia, mas sim a falta de uma estrutura para acessar, usar e compartilhar dados com segurança.

Como será a adptação dos setores ao open finance?

Deixando de lado os mandatos regulatórios, alguns setores financeiros (como empréstimos não garantidos e bancos corporativos) migrarão para o open finance mais rápido que outros.

Conforme a ordem impulsionada pela complexidade da implementação e pelo nível de oportunidade inerente ao setor.

Já vemos alguns bancos corporativos, como o Banco Alemão e o Standard Chartered, monetizando o acesso aberto à API para gerar receita.

A variação regional também vai afetar o ritmo da evolução do open finance. Alguns fatores vão influenciar o ritmo de adoção desse sistema em um país ou região, tais como:

  • a complexa interação imediata com os clientes,
  • impulsionadores regulatórios e de mercado,
  • recursos tecnológicos nos provedores de serviços financeiros e infraestrutura de suporte – como identidade digital.

Por exemplo, como os Estados Unidos ainda não tem mandato regulatório, mas tem uma população receptiva às capacidades prometidas pelo open finance.

Enquanto isso, a Australia iniciou um conceito de abertura de dados com o Consumer Data Right, que lançou o financiamento aberto primeiro antes de se concentrar em concessionárias e empresas de telecomunicações.

A adoção de open finance levará uma década ou mais

O open finance não pode ser considerado um exercício pontual para atingir a conformidade, como foi o open banking.

Mas será um processo contínuo, marcando uma mudança fundamental na forma como os clientes acessam os serviços financeiros e como as empresas os fornecem.

Os clientes da Forrester podem acessar o Open Finance Will Reshape Financial Services Over The Coming Decade, para ver como seu setor e região serão impactados e usar a estrutura para priorizar seu foco, bem como entender os blocos de construção necessários para tornar isso um sucesso.

O protecionismo, a regulamentação mal executada ou a obstrução por parte das empresas de serviços financeiros apenas adiarão o inevitável.

É crucial que as empresas de serviços financeiros colaborem na definição de open finances e influenciem os reguladores que invariavelmente vão dinamizar a mudança.

Porém, também podem impedir oportunidades – o relatório passo a passo vai te orientar com as principais considerações.

Os executivos de serviços financeiros devem seguir o manual dos bancos nórdicos e aproveitar a iniciativa, utilizando o open finance para procurar ativamente inovações para os clientes.

O prêmio do open finance é muito grande para se manter isolado, pois a saúde dos clientes, nações e regiões depende do seu sucesso.

Fonte: Facilite

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